Conta a lenda que há muitos anos o rio Iguaçu corria livre, sem corredeiras e nem cataratas. Em suas margens habitavam índios caigangues, que acreditavam que o grande pajé M'Boy era o deus-serpente, filho de Tupã. Ignobi, cacique da tribo, tinha uma filha chamada de Naipí, que iria ser consagrada ao culto do deus M’Boy, divindade com a forma de grande serpente.
Tarobá, jovem guerreiro da tribo se enamora de Naipi
e no dia da consagração da jovem, fogem para o rio que os chama: -
"Tarobá, Naipí, vem comigo!" Ambos desceram o rio numa canoa.
M’Boy, furioso com os fugitivos, na forma de uma
grande serpente, penetrou na terra e retorceu-se, provocou desmoronamentos que
foram caindo sobre o rio, formando os abismos das cataratas. Envolvidos pelas
águas, caíram de grande altura. Tarobá transformou-se numa palmeira à beira do
abismo, e Naipí, em uma pedra junto da grande cachoeira, constantemente
açoitada pela força das águas. Vigiados por M’Boy, o deus-serpente, permanecem
ali, Tarobá condenado a contemplar eternamente sua amada sem poder tocá-la.
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